Senado premia iniciativas em prol da adoção tardia em cerimônia emocionante realizado no Congresso Nacional.

Nesta terça-feira, o Senado Federal realizou uma emocionante cerimônia para homenagear pessoas e instituições que se dedicam a promover a adoção de crianças e adolescentes que não se encaixam no perfil tradicionalmente procurado pelas famílias. O Prêmio Adoção Tardia – Gesto Redobrado de Cidadania, idealizado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), chegou à sua terceira edição, reconhecendo o trabalho incansável de quem luta por um futuro melhor para esses jovens.

A adoção tardia, termo que se refere à inserção de crianças com três anos ou mais, bem como àquelas que possuem irmãos, deficiências, doenças crônicas ou necessidades específicas de saúde, foi o foco da sessão no Senado. Durante o evento, senadores e premiados defenderam a necessidade de agilizar e simplificar o processo de adoção no Brasil, tornando-o mais inclusivo.

O senador Contarato, que adotou duas crianças, ressaltou os desafios enfrentados por ele e seu companheiro no decorrer do processo de adoção, especialmente devido a preconceitos enraizados na sociedade. Contarato ainda mencionou uma vitória importante obtida junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que proibiram manifestações contrárias à adoção por famílias monoparentais ou homoafetivas com base na orientação sexual ou gênero dos adotantes.

Outro ponto destacado durante a cerimônia foi a necessidade de mudar a cultura em torno da adoção no país, expandindo o acolhimento para crianças e adolescentes de todas as idades. Dados do Tribunal de Justiça da Bahia mostraram que, em 2022, a maioria das crianças adotadas tinha menos de seis anos, o que reforça a importância de campanhas educativas, como a iniciativa “Filhos são eternos bebês”.

Entre os agraciados com o Diploma do Mérito Adoção Tardia estavam profissionais e instituições engajados nessa causa nobre, como o juiz Perilo Rodrigues de Lucena, do Tribunal de Justiça da Paraíba, e a juíza Lorena Miranda, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Ambos foram reconhecidos por seu comprometimento em garantir um futuro digno para crianças e adolescentes em busca de um lar.

O evento no Senado Federal evidenciou a importância de continuar avançando na adoção tardia e na promoção da convivência familiar para crianças que aguardam ansiosamente por uma família. A premiação reforçou a mensagem de que cada criança merece amor e acolhimento, independentemente de sua idade ou condições especiais. Tais iniciativas representam não apenas gestos de cidadania, mas também a construção de um futuro mais justo e humano para todos.

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