Previsão do mercado financeiro aponta elevação da inflação para 2024, mas Selic deve permanecer em 10,5% ao ano

A expectativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu um aumento, passando de 3,96% para 3,98% neste ano. Essa previsão, divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC), reflete as projeções das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país.

Para os próximos anos, a projeção da inflação também teve um leve aumento, passando de 3,8% para 3,85% em 2025. Já para 2026 e 2027, as estimativas são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

É importante observar que a previsão para 2024 está alinhada com a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, a meta está entre 1,5% e 4,5%. Para os anos seguintes, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Banco Central usa esse instrumento para tentar alcançar a meta de inflação. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Recentemente, devido ao aumento das incertezas econômicas e a valorização do dólar, o BC interrompeu o ciclo de cortes na Selic.

Ao longo dos últimos meses, o Copom realizou uma série de aumentos na Selic para conter a demanda aquecida e lidar com o aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. No entanto, após um período de estabilidade, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas, até que o controle dos preços permitiu a redução da Selic.

Para o mercado financeiro, a previsão é de que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o fim de 2024, com uma redução para 9,5% ao ano em 2025. Para os anos seguintes, a taxa básica de juros deve sofrer novas reduções, ficando em 9% ao ano em 2026 e 2027.

Além disso, as instituições financeiras projetam um crescimento de 2,09% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano, com expectativas de expansão em torno de 2% para os anos seguintes. Em 2023, a economia brasileira superou as projeções, com um crescimento de 2,9% e um valor total de R$ 10,9 trilhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quanto à cotação do dólar, a projeção é de que a moeda americana encerre este ano cotada a R$ 5,15 e permaneça nesse patamar até o final de 2025. Estes são os principais indicadores econômicos e projeções do mercado financeiro para os próximos anos no Brasil.

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