O deputado Augusto Puppio foi o responsável por solicitar e organizar a projeção, que aconteceu das 19h às 21h. A iniciativa foi em conformidade com a Lei 14.404/22, que estabeleceu o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina como forma de disseminar informações sobre a condição e combater o preconceito.
Caracterizada pela abertura no lábio, no céu da boca, no nariz e em outras áreas do rosto, a fissura labiopalatina é uma condição que exige cuidados multidisciplinares desde os primeiros momentos de vida. Estima-se que uma em cada 650 crianças nascidas no Brasil apresentem essa malformação, o que a torna uma das deformidades faciais congênitas mais comuns no mundo.
Os impactos da fissura labiopalatina vão além do aspecto estético, podendo dificultar a alimentação, a respiração, o desenvolvimento da fala e da audição, bem como afetar a arcada dentária e o crescimento facial. Por isso, o tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível e envolver diversos profissionais da área da saúde, como otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros.
Desde o primeiro mês de vida, os bebês diagnosticados com fissura labiopalatina começam a ser preparados para cirurgias corretivas, que geralmente ocorrem por volta dos seis meses de idade. Mesmo adultos com a condição requerem acompanhamento médico e processos de reabilitação para se adaptarem à sociedade.
A conscientização sobre a fissura labiopalatina e a disseminação de informações precisas sobre a condição são essenciais para reduzir o estigma e garantir um tratamento adequado para todos os pacientes afetados. A projeção na fachada do Congresso Nacional foi, portanto, um importante marco nesse sentido, chamando a atenção para uma questão de saúde pública muitas vezes negligenciada.