Segundo informações disponíveis no site da Receita Federal, o valor arrecadado através das receitas administradas pelo órgão foi de R$196,68 bilhões no mês passado, representando um aumento real de 10,4%. Os resultados positivos foram impulsionados pelas variáveis macroeconômicas e por fatores como a tributação dos fundos exclusivos, a atualização de bens e direitos no exterior e o retorno da tributação do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre combustíveis.
No entanto, o estado do Rio Grande do Sul enfrentou uma situação de calamidade que afetou a arrecadação no mês de maio. Enchentes ocorridas nos meses de abril e maio levaram a perdas significativas, resultando em uma redução de R$4,4 bilhões na arrecadação devido aos decretos de calamidade pública nos municípios afetados.
Em contrapartida, algumas medidas contribuíram para melhorar a arrecadação, como o recolhimento extra de R$820 milhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos de Capital, a regularização de ativos no exterior e a reoneração das alíquotas do PIS/Pasep sobre combustíveis. Destaques também para a arrecadação de PIS/Pasep e Cofins, que apresentaram crescimento real de 11,74% em maio, e para a Receita Previdenciária, que registrou um aumento real de 5,92% no acumulado do ano.
Os indicadores macroeconômicos apresentados pela Receita Federal mostram que o crescimento da atividade econômica, o aumento da produção industrial e da massa salarial contribuíram significativamente para o desempenho positivo da arrecadação no mês de maio. Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, destacou que a ativação da atividade econômica e a melhora do mercado de trabalho foram cruciais para o crescimento da arrecadação.