Policial Civil e familiares são presos em operação por desvios milionários contra a administração pública: entenda o esquema fraudulento.

Na manhã de terça-feira (25), uma operação policial chamada Oplatek resultou na prisão de sete pessoas de uma mesma família em Maceió. Entre os presos está uma agente da Polícia Civil que atuava no setor financeiro da Delegacia Geral. Além dela, foram detidos seu marido e irmão, ambos sargentos da Polícia Militar, uma irmã estagiária do Ministério Público Estadual e mais três familiares.

De acordo com o delegado Igor Diego, diretor da DRACCO, o esquema de fraude era liderado pela servidora da Polícia Civil. Desde 2014, ela desviava verbas destinadas à instituição para beneficiar nove parentes. O delegado explicou que a agente inseria dados falsos no sistema, cadastrando seus familiares para receber valores acima do normalmente repassado aos policiais.

Ao longo de 10 anos, estima-se que o esquema tenha causado um prejuízo de R$ 7,5 milhões aos cofres públicos, com um desvio de aproximadamente R$ 1 milhão em apenas cinco meses. Uma comissão de delegados foi responsável por investigar a fraude, revelando uma significativa movimentação financeira nas contas da agente e de seu marido.

Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Maceió e Colônia Leopoldina. Foram apreendidos carros de luxo, joias, imóveis, eletrônicos e outros bens de valor. As contas dos envolvidos foram bloqueadas e bens identificados foram confiscados na tentativa de recompor o prejuízo causado ao erário.

Os presos deverão responder por diversos crimes, incluindo organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos. As penas atribuídas aos acusados ultrapassam 44 anos de prisão, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades policiais.

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