De acordo com o delegado Igor Diego, diretor da DRACCO, o esquema de fraude era liderado pela servidora da Polícia Civil. Desde 2014, ela desviava verbas destinadas à instituição para beneficiar nove parentes. O delegado explicou que a agente inseria dados falsos no sistema, cadastrando seus familiares para receber valores acima do normalmente repassado aos policiais.
Ao longo de 10 anos, estima-se que o esquema tenha causado um prejuízo de R$ 7,5 milhões aos cofres públicos, com um desvio de aproximadamente R$ 1 milhão em apenas cinco meses. Uma comissão de delegados foi responsável por investigar a fraude, revelando uma significativa movimentação financeira nas contas da agente e de seu marido.
Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Maceió e Colônia Leopoldina. Foram apreendidos carros de luxo, joias, imóveis, eletrônicos e outros bens de valor. As contas dos envolvidos foram bloqueadas e bens identificados foram confiscados na tentativa de recompor o prejuízo causado ao erário.
Os presos deverão responder por diversos crimes, incluindo organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos. As penas atribuídas aos acusados ultrapassam 44 anos de prisão, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades policiais.