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Presidente Lula descarta desvinculação do piso das aposentadorias e defende política de valorização do salário mínimo para distribuir a riqueza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de descartar, de forma veemente, a possibilidade de desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo. Em uma entrevista exclusiva ao Portal Uol, realizada na última quarta-feira (26), o líder político reafirmou seu compromisso em manter a política de valorização do salário mínimo, enfatizando que não considera esse investimento como um gasto, mas sim como um direito fundamental.

Lula destacou a importância do salário mínimo como o mínimo necessário para que uma pessoa possa sobreviver com dignidade. Para ele, a tentativa de resolver os problemas econômicos do país através da redução desse valor mínimo seria um equívoco grave. O presidente ressaltou a necessidade de garantir condições dignas de vida para todos os cidadãos, enfatizando a importância de dividir de forma justa os recursos disponíveis.

Durante a entrevista, Lula citou o exemplo do empresário Henry Ford, fundador da Ford, como uma inspiração para a valorização dos trabalhadores. O presidente destacou a importância de garantir salários justos para que os funcionários possam consumir os produtos que eles mesmos produzem, promovendo assim o crescimento econômico e a prosperidade social.

Além disso, Lula também abordou a questão da taxação de compras internacionais, defendendo um equilíbrio no tratamento dos impostos para a população. Ele questionou a taxação de remessas de até US$ 50 vindas do exterior, argumentando que enquanto algumas camadas da sociedade têm isenções fiscais para compras consideravelmente maiores, outros indivíduos são taxados por compras de menor valor.

Diante da aprovação do projeto de lei que visa taxar as compras internacionais de até US$ 50 pela Câmara dos Deputados, Lula declarou que a tendência é vetar essa medida. Atualmente, o programa Remessa Conforme isenta de impostos federais as compras do exterior abaixo desse valor, com a arrecadação de impostos sendo feita apenas pelos estados. A discussão sobre a taxação federal de compras internacionais continua em pauta e aguarda a decisão final do presidente.

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