Alta adesão ao Censo das Unidades Básicas de Saúde reflete retomada do diagnóstico após 12 anos, com 96,3% dos municípios brasileiros interessados

O Ministério da Saúde divulgou recentemente dados sobre o interesse dos municípios brasileiros em participar do Censo das Unidades Básicas de Saúde (UBS), com uma impressionante adesão de 96,3% das cidades do país. No entanto, 57 municípios de outros estados ainda não aderiram ao levantamento, sendo que no Rio Grande do Sul, as cidades afetadas pelas enchentes terão prazos diferenciados para participar.

Segundo a pasta, essa alta adesão ao censo representa uma retomada importante, após 12 anos sem a realização do levantamento desse tipo de serviço. As cidades que ainda não aderiram têm até o dia 31 de julho para manifestar seu interesse através do módulo de adesão no sistema Gerencia APS, disponível na plataforma e-Gestor.

O objetivo do censo é melhorar a Política Nacional de Atenção Básica (Pnab) e fortalecer programas de investimento na atenção primária, garantindo um acompanhamento adequado no Sistema Único de Saúde (SUS) e identificando as demandas e desafios enfrentados pelas equipes das UBS e gestores locais.

O levantamento reunirá dados sobre a composição das equipes de saúde, infraestrutura, saúde digital, acesso a métodos diagnósticos, saúde bucal, atuação dos agentes comunitários de saúde e coordenação do cuidado integrado à rede de atenção. Com cerca de 50 mil UBS em todo o país, o censo será realizado através de um questionário online na plataforma e-Gestor AB, com apoio do Conass e Conasems.

O processo de desenvolvimento do censo incluiu quatro oficinas nacionais de trabalho e um Seminário Nacional de Avaliação, com a participação de entidades como o Ipea, CNS e Opas. A participação no censo é voluntária e não está vinculada a incentivos financeiros, mas é fundamental para a construção de uma base sólida de informações e para promover uma atenção à saúde de qualidade no SUS.

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