Senador critica decisão do STF sobre porte de maconha: “Caminho incerto e nebuloso diante de nós”

Em um pronunciamento veemente no Plenário na quarta-feira (26), o senador do Partido Progressista de Santa Catarina, Esperidião Amin, demonstrou firme oposição à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. Amin expressou preocupação com o critério estabelecido pela Corte Suprema, que fixou o limite de 40 gramas como ponto de distinção entre usuários e traficantes da droga ilícita.

De forma incisiva, o senador questionou a necessidade de definir um limite preciso e quem teria a responsabilidade de assegurar o cumprimento dessa medida. Amin levantou dúvidas sobre a implementação prática desta decisão, enfatizando a complexidade de controlar individualmente a quantidade de substância que uma pessoa pode portar sem incorrer em crime.

Amin criticou também a criação do que ele chamou de uma “nova política pública” pelo STF, que, segundo sua avaliação, carece de clareza quanto às sanções administrativas aplicáveis. Para o senador, a decisão da Corte Suprema gera desânimo e revolta, e sugere que aqueles que acreditam no poder do Parlamento poderão precisar de muitas sessões de psicoterapia para lidar com as consequências desta medida.

O parlamentar expressou ainda seu descontentamento em relação às decisões tomadas de forma individual por membros do Judiciário, que, na visão de Amin, desafiam e desrespeitam a autoridade do Congresso e do Senado. Ele destacou que tais ações estão levando a um cenário de incerteza e complexidade para a sociedade brasileira.

Este pronunciamento do senador Esperidião Amin revela a intensidade do debate em torno da descriminalização do porte de maconha no Brasil e a divergência de opiniões dentro do espectro político brasileiro. A decisão do STF continuará a gerar discussões e posicionamentos discordantes, demonstrando a complexidade da questão em um contexto social e político delicado.

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