O dólar comercial fechou a sexta-feira (28) sendo cotado a R$ 5,588, representando uma alta de R$ 0,081 (+1,46%). Mesmo tendo iniciado o dia em baixa, a cotação disparou logo no início das negociações, atingindo a máxima de R$ 5,59 por volta das 15h45. Este valor é o mais elevado desde 10 de janeiro de 2022, quando fechou em R$ 5,67, acumulando um aumento de 6,47% somente em junho e de 15,15% no primeiro semestre. O euro comercial também teve um aumento, fechando em R$ 5,98 e se aproximando dos R$ 6 pela primeira vez desde fevereiro de 2022.
No mercado de ações, houve um dia de ajustes, com o índice Ibovespa da B3 fechando em 123.911 pontos, com uma queda de 0,32%. Apesar da redução no último dia de junho, o índice acumulou um aumento de 1,49% no mês. No entanto, no primeiro semestre de 2024, a bolsa registrou uma queda de 7,65%.
Diversos fatores, tanto internos quanto externos, contribuíram para a agitação no mercado financeiro nessa sexta-feira. Nos Estados Unidos, a desaceleração da inflação ao consumidor em maio trouxe algum alívio inicialmente, mas a posterior alta nas taxas dos títulos do Tesouro americano impactou nos mercados emergentes, como o Brasil. Além disso, fatores como a demanda por dólares por multinacionais no último dia útil do semestre e declarações do presidente Lula sobre a Taxa Selic e o déficit primário do setor público em maio influenciaram negativamente o mercado.
Em suma, foi mais um dia desafiador nos mercados financeiros, com o dólar atingindo valores historicamente elevados e a bolsa de valores se ajustando diante de um cenário tumultuado. A incerteza e a volatilidade continuam marcando o cenário econômico tanto no Brasil quanto no exterior.
