Para os entusiastas da astronomia, não será necessário utilizar instrumentos especiais para observar o fenômeno, pois ele será visível a olho nu. A única exceção seria se o observador quisesse avistar o planeta Urano, que também estará alinhado nessa formação celestial. O termo astronomicamente correto para esse fenômeno é conjunção, porém, o uso popular de “alinhamento” facilita o entendimento do público em geral.
O professor e coordenador do Observatório Astronômico do Campus de Bauru da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Rodolfo Langhi, explicou que esse não é um evento raro, mas sim relativamente frequente, variando conforme a época e os planetas envolvidos. Ele destacou que Júpiter será o mais brilhante dos planetas observados nessa conjunção. Langhi utilizou uma analogia com corredores em uma pista de atletismo para ilustrar o movimento dos planetas em relação ao Sol.
Durante o alinhamento, será possível visualizar Júpiter próximo ao horizonte, seguido por Marte, que se assemelha a uma estrela vermelha de luz fraca, e Saturno, com uma tonalidade mais amarela. O professor ressaltou que, em um mês, a posição dos planetas será completamente diferente, devido ao movimento em torno do Sol. Esse tipo de evento é fundamental para despertar o interesse do público em geral pela astronomia e pelos estudos astronômicos. A contemplação dos astros e planetas alinhados pode levar à expansão do conhecimento e à apreciação da vastidão do universo.