As pesquisas indicaram que o RN poderia conquistar a maioria dos assentos na Assembleia Nacional, porém, a formação de um governo dependerá do segundo turno, que acontecerá na próxima semana. A incerteza paira sobre a capacidade do partido anti-imigração e eurocético de coabitar com o pró-União Europeia Macron.
Apesar das projeções indicarem que o RN ganharia a maioria absoluta dos assentos no segundo turno, especialistas alertam para a imprecisão dessas previsões, principalmente neste contexto eleitoral. A alta participação dos eleitores demonstra o interesse político que Macron despertou ao convocar as eleições parlamentares após a derrota de seu partido para o RN nas eleições para o Parlamento Europeu.
A próxima semana será marcada por intensas negociações políticas, com Macron pedindo união em torno de candidatos republicanos e democráticos. As alianças partidárias serão determinantes para os resultados do segundo turno, com a possibilidade de a dinâmica da “frente republicana” ser mais incerta do que nunca.
A decisão de Macron de convocar eleições antecipadas gerou incerteza política na França e impactou os mercados financeiros europeus. O RN, que buscou limpar sua imagem associada a racismo e antissemitismo, está mais próximo do poder do que nunca, aproveitando a insatisfação dos eleitores com o governo atual.
Com uma participação recorde de quase 60%, as eleições parlamentares na França se tornaram um marco histórico. O resultado final das eleições dependerá das alianças formadas no segundo turno e das estratégias adotadas pelos partidos para impedir a ascensão do RN ao poder.