De acordo com o conselheiro José Antônio de Jesus da Silva, os problemas enfrentados pelos jornalistas se estendem a toda a classe de comunicadores, tornando o ambiente de trabalho prejudicial à saúde e gerando pressão constante. Ele ressaltou a importância de discutir no Congresso Nacional o impacto dessas pressões no dia a dia dos profissionais.
A analista Cristiane Reimberg, que realizou uma pesquisa sobre a saúde dos profissionais da imprensa, destacou a constante flexibilização dos direitos trabalhistas, com jornalistas atuando em regimes precários e jornadas excessivas, que chegam a ultrapassar 14 horas por dia. Além disso, a sobrecarga de trabalho, a baixa remuneração, a falta de compensação de horas extras e a busca por quantidade em detrimento da qualidade contribuem para o adoecimento dos profissionais.
O médico sanitarista Hélio Neves ressaltou a complexidade dos impactos da organização do trabalho na saúde física e mental dos trabalhadores, destacando a ampliação dos problemas de saúde mental, como a síndrome de burnout. A falta de normas específicas para garantir a saúde e segurança dos profissionais de comunicação também foi apontada como um desafio pela auditora fiscal do Trabalho Roseniura Santos.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que sejam estabelecidas normas e regulamentações adequadas para proteger a saúde dos profissionais da comunicação e garantir condições de trabalho dignas e seguras. A atuação das instituições representativas dos trabalhadores, juntamente com os sindicatos e federações, é essencial para exigir o cumprimento dessas normas e promover um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado para todos os profissionais da área.