O Parlamento francês é composto pelos 577 deputados e 348 senadores, responsáveis por criar e alterar as leis nacionais, além de fiscalizar as ações do governo federal. O presidente Emmanuel Macron antecipou as eleições legislativas este ano, após resultados desfavoráveis nas eleições para o Parlamento Europeu. O partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional, liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, conquistou uma vantagem no primeiro turno, obtendo 29,25% dos votos.
A antecipação das eleições foi considerada uma estratégia arriscada para Macron, que poderá ter que dividir o poder com a oposição política caso a guinada à direita dos eleitores se confirme. A disputa segue acirrada para o segundo turno, com mais assentos em jogo. O sistema eleitoral francês difere do brasileiro, pois as circunscrições elegem um representante por maioria absoluta de votos, podendo haver segundo turno em algumas localidades.
A eventual vitória do Reagrupamento Nacional terá impactos não só para a França, mas também para a União Europeia e a relação com o Brasil. Um governo liderado pela extrema-direita seria inédito na França e poderia resultar em mudanças significativas em diversas áreas, como meio ambiente e política internacional. A incerteza quanto aos resultados do segundo turno mantém a expectativa sobre o cenário político francês e suas consequências futuras.