No Brasil, as hepatites mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C, com os vírus D e E sendo menos frequentes. Em Alagoas, no ano de 2023 foram registrados 287 casos de hepatites virais, com 121 ocorrendo apenas no primeiro semestre. Destes, 1 foi de hepatite A, 85 de hepatite B e 35 de hepatite C. Nos primeiros seis meses de 2024, foram contabilizados 71 casos, sendo 1 de hepatite A, 43 de B e 27 de C.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle das Hepatites Virais, enfermeira Jussiara Reis, explicou que cada tipo de hepatite tem suas próprias formas de transmissão, sintomas e tratamentos específicos. A hepatite A, por exemplo, é transmitida por via oral fecal, enquanto as hepatites B e C são transmitidas pelo contato com sangue contaminado, sendo que a hepatite B também pode ser transmitida através de relações sexuais e da mãe para o filho durante a gestação.
O diagnóstico e tratamento das hepatites virais são realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) gerenciadas pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) de Alagoas, com exames de sangue e testes rápidos disponíveis para detectar a presença dos vírus. O tratamento é feito com medicamentos distribuídos gratuitamente pelo SUS e prescritos por médicos especializados.
A campanha “Julho Amarelo” desempenha um papel fundamental na conscientização e combate às hepatites virais, promovendo a testagem e vacinação da população. A iniciativa visa informar a população sobre as formas de prevenção, os sintomas da doença e a importância da vacinação contra a hepatite A e B, que são seguras e eficazes. Portanto, é essencial estar atento aos cuidados necessários para evitar a propagação das hepatites virais e garantir a saúde do fígado.
