Governo não planeja reduzir o IOF sobre o câmbio para conter alta do dólar, afirma ministro da Fazenda em Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (2) que o governo não tem a intenção de reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio para conter a valorização do dólar. Em entrevista coletiva em Brasília, Haddad destacou a importância de uma comunicação eficaz sobre a política fiscal e a autonomia do Banco Central como medidas fundamentais para enfrentar a situação atual.

Segundo o ministro, a melhor estratégia para lidar com a desvalorização do real é esclarecer os fundamentos do arcabouço fiscal e a independência do BC. Haddad ressaltou que o governo está focado em uma agenda fiscal definida em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para os próximos anos, visando cumprir metas econômicas e garantir estabilidade ao mercado.

Após registrar alta e fechar a R$ 5,65 na segunda-feira (1º), o dólar continuou em elevação nesta terça-feira (2). A disparada da moeda norte-americana preocupa investidores e autoridades econômicas, levando o ministro a enfatizar a importância da transparência na comunicação sobre as ações do governo.

Haddad enfatizou que a rigidez do arcabouço fiscal e a autonomia do Banco Central são pilares para assegurar a confiança dos agentes econômicos e conter a volatilidade cambial. O ministro também destacou a redução gradual da taxação sobre as operações cambiais e a necessidade de cortes de gastos para enfrentar os desafios econômicos.

O ministro informou que se reunirá com o presidente Lula para discutir um plano de revisão de gastos e ajustes nas despesas públicas. Haddad ressaltou a preocupação do presidente com a valorização do dólar e reafirmou o compromisso do governo em fortalecer o arcabouço fiscal e a autonomia do Banco Central como estratégia para estabilizar a economia.

Em relação aos rumores sobre a redução do IOF sobre o câmbio, Haddad reiterou que não há planos nesse sentido e destacou que o foco do governo é a agenda fiscal e as medidas para garantir a solidez da economia brasileira. A transparência e a comunicação eficaz foram apontadas pelo ministro como elementos fundamentais para tranquilizar o mercado e enfrentar os desafios econômicos atuais.

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