Essa área consumida pelo fogo superou até mesmo a média histórica do mês de setembro, quando o bioma costuma queimar cerca de 406 mil hectares. No total acumulado de 2024, a área atingida chegou a 712.075 hectares nesta terça-feira (2), equivalente a 4,72% do Pantanal.
Diante desse cenário alarmante, o governo federal criou uma sala de situação para lidar com a crise ambiental, realizando sua terceira reunião nesta segunda-feira (1º). A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, destacou que a ação humana é a principal causa do problema, com focos de incêndio originados por essa intervenção e áreas desmatadas facilitando a propagação das chamas. A Polícia Federal está investigando pelo menos 18 desses focos de incêndio.
A dificuldade no controle dos incêndios, agravada por fatores climáticos como temperatura, chuva, umidade e vento, é a pior desde 2023. O extremo climático, que resultou na seca mais grave dos últimos 70 anos, contribui para a situação crítica no Pantanal.
Atualmente, as ações de combate ao fogo contam com 34 frentes de atuação, envolvendo esforços dos governos federal e estadual do Mato Grosso do Sul, com mais de 500 pessoas mobilizadas. O governo federal tem realizado aquisição de equipamentos e mobilização de brigadistas desde o início de 2024, e declarou emergência ambiental no Pantanal como medida preventiva em abril.
A situação das queimadas no Pantanal será acompanhada de perto, com atualizações semanais sobre a evolução do fogo no bioma. Os dados indicam que a maioria da área queimada está em propriedades privadas, seguida por terras indígenas e unidades de conservação. Medidas urgentes estão sendo tomadas para combater os incêndios e preservar esse importante ecossistema brasileiro.