Presidente da República critica o Banco Central e desencadeia aumento da cotação do dólar, deputados se manifestam no Plenário

Em meio a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à manutenção da taxa básica de juros em 10,5% pelo Banco Central (BC), deputados se manifestaram no Plenário da Câmara dos Deputados. O dólar fechou em alta, atingindo a cotação de R$ 5,66, levantando preocupações sobre a especulação cambial.

O deputado Luiz Lima (PL-RJ) classificou como temeridade as críticas de Lula ao Banco Central, ressaltando que até mesmo os indicados pelo Executivo para o Copom votaram pela manutenção da taxa de juros. O Copom, composto por nove membros, define a taxa Selic a cada 45 dias.

A oposição também se pronunciou, com o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) apontando que o presidente Lula enfrentará um desafio ao indicar um novo presidente para o Banco Central, uma vez que a política econômica pode permanecer seguindo o rumo atual, contrariando as possíveis expectativas do ex-presidente.

Por outro lado, a deputada Gleisi Hoffman (PT-PR) enalteceu os indicadores econômicos do governo, destacando um crescimento do PIB de 2,9% e uma queda na inflação para 4,62%. Hoffmann criticou a postura do mercado financeiro e da imprensa, que segundo ela, estão apreensivos com a valorização do dólar e as declarações do presidente Lula.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu a intervenção do Banco Central na política cambial para conter a alta do dólar, citando a importância da estabilidade monetária. Outros deputados como Márcio Jerry (PCdoB-MA) e José Nelto (PP-GO) também se manifestaram sobre a questão cambial e econômica, apontando preocupações com a inflação e o desemprego.

Diante de um cenário de discordâncias entre governo, mercado e Banco Central, a economia brasileira enfrenta desafios e incertezas em relação ao futuro. É fundamental que as decisões tomadas estejam alinhadas com o bem-estar da população e o desenvolvimento econômico do país.

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