“É evidente que o arroz apresentou uma considerável redução de preços, com o produto sendo vendido por menos de R$ 20 em algumas regiões. Isso contribui para o controle da inflação. Portanto, não vejo a necessidade de um novo leilão de arroz neste momento, mas sim o incentivo à produção”, destacou o ministro durante o lançamento do Plano Safra para a agricultura empresarial, no Palácio do Planalto.
No mês passado, o governo chegou a realizar um leilão público para a compra de arroz importado, porém a licitação foi cancelada devido a questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras. Fávaro informou que o edital para um novo leilão já está pronto e, caso os preços voltem a subir sem justificativa, a medida poderá ser retomada.
Apesar disso, o ministro ressaltou que acredita que outras alternativas serão encontradas antes de recorrer novamente ao leilão. O objetivo da compra pública seria assegurar o abastecimento e estabilizar os preços do arroz no mercado interno, que sofreram um aumento significativo após as inundações no Rio Grande do Sul.
Lançado nesta quarta-feira, o Plano Safra 2024/2025 destinado ao financiamento da agropecuária empresarial no país conta com recursos totais de R$ 400,59 bilhões. Além disso, foi apresentado o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, com R$ 76 bilhões direcionados ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ressaltou que a decisão sobre a realização da compra pública de arroz importado cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A possibilidade de um novo leilão será avaliada caso os preços do arroz voltem a subir sem justificativa.