Os dados obtidos por meio do uso de imagens de satélite do satélite Planet revelaram que, nos primeiros quatro meses deste ano, a área coberta por água no Pantanal foi menor do que a observada durante o período de seca do ano passado. A especialista em conservação do WWF-Brasil, Helga Correa, uma das autoras do estudo, ressaltou a preocupação com a redução significativa do nível do Rio Paraguai, principal rio que corta a região. Em 2024, o Rio Paraguai não ultrapassou a marca de 1 metro, enquanto o esperado seria um nível acima de 4 metros.
A falta de chuvas e o desmatamento na região são apontados como os principais responsáveis pela crise hídrica no Pantanal. A construção de barragens, estradas e as queimadas também contribuem para a degradação do bioma. O estudo alerta para as consequências drásticas que a seca extrema pode causar, não apenas na biodiversidade do Pantanal, mas também na economia local, que depende da preservação dos recursos naturais da região.
Diante desse cenário preocupante, a recomendação dos especialistas é a tomada de medidas urgentes para a prevenção e adaptação à seca, bem como o fortalecimento de políticas públicas que visem frear o desmatamento e promover práticas sustentáveis na região. A preservação do Pantanal não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão social e econômica, visto o impacto que a degradação do bioma pode ter na vida das comunidades locais e na biodiversidade da região. É fundamental agir de forma proativa para garantir a sustentabilidade do Pantanal e a qualidade de vida de seus habitantes.