Financiado pela Lei Paulo Gustavo e operacionalizado pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), o livro de Lili Buarque estabelece um diálogo entre o passado e o presente da autora e de sua família na região do Pinheiro. A obra também aborda a tragédia do afundamento do solo, consequência da extração predatória de sal-gema pela empresa Braskem, que resultou na evacuação total de seis bairros próximos à Lagoa Mundaú.
Para marcar esse momento especial, a escritora realizará dois eventos de divulgação em Maceió e São Paulo. O primeiro acontecerá no Carambola Lab, em Maceió, no sábado, dia 6 de julho, e o segundo na Livraria Megafauna, em São Paulo, no dia 1º de agosto. Ambos os eventos serão gratuitos, com o livro disponível para compra por R$49,90.
Lili Buarque, que além de escritora é servidora pública, musicista e produtora cultural, buscou na literatura uma forma de não deixar as histórias desses bairros serem esquecidas. Em “A fenda da lagoa”, a autora aborda sua ligação pessoal com o bairro do Pinheiro, onde sua família administrava a padaria Belo Horizonte por mais de 40 anos, antes do local se tornar um monte de escombros.
A obra de Lili Buarque é um testemunho das vidas afetadas pelo afundamento do solo em Maceió e um alerta sobre a importância de preservar a memória e a história das comunidades locais. A Secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, elogiou o lançamento do livro, destacando a sensibilidade e profundidade do trabalho da autora.
