A Mapbiomas, uma iniciativa que reúne organizações não governamentais, universidades e empresas de tecnologia, lançou uma plataforma nesta sexta-feira para monitorar a degradação das áreas florestais no país. Os dados, mapas e códigos produzidos estão disponíveis gratuitamente para acesso público, permitindo um maior conhecimento e monitoramento da situação.
Entre os critérios considerados para identificar áreas degradadas estão o tamanho e isolamento dos fragmentos florestais, frequência de queimadas, invasão por espécies exóticas e pisoteio por rebanhos. No entanto, o bioma do Pantanal tem sido particularmente afetado, com incêndios que consumiram uma média de 411 mil hectares em junho deste ano, número acima da média histórica para o período.
A Polícia Federal está investigando a origem dos incêndios, sendo que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, alertou que 85% dos incêndios ocorrem em terras privadas. Além disso, o levantamento da Mapbiomas revelou que um quarto da vegetação nativa do Brasil pode estar sujeita à degradação, com a Mata Atlântica sendo o bioma mais afetado proporcionalmente.
Em termos absolutos, o Cerrado é o bioma mais degradado, seguido pela Amazônia. A preocupação com a degradação ambiental e os impactos dos incêndios na biodiversidade nacional são questões urgentes que precisam de maior atenção e ação por parte das autoridades e da sociedade como um todo.
