Segundo o relato feito por Rhaiana, divulgado pelo jornalista Guga Noblat, os adolescentes, filhos de diplomatas do Canadá, Gabão e Burkina Faso, estavam na porta de um prédio acompanhando o filho da denunciante, um menino branco. As imagens do momento mostram os policiais chegando com armas em punho e colocando os jovens contra a parede sem dar maiores explicações.
De acordo com Rhaiana, os adolescentes estrangeiros não compreenderam as perguntas dos policiais, o que resultou em uma abordagem ainda mais violenta. Somente após o filho de Rhaiana explicar a situação, os policiais perceberam o equívoco e liberaram os adolescentes, alertando-os para evitar futuras situações semelhantes.
Diante da repercussão do caso, a Polícia Militar informou que os agentes envolvidos estavam utilizando câmeras corporais, e as imagens serão analisadas para apurar se houve abuso por parte dos policiais. A PM ressaltou a importância do treinamento dos policiais em áreas como Direitos Humanos, Ética e Leis Especiais.
A Polícia Civil também se pronunciou, informando que a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo iniciou uma investigação após a divulgação do caso. Os agentes buscarão ouvir os adolescentes envolvidos na abordagem para esclarecer os fatos.
O episódio levanta novamente o debate sobre o tratamento desigual e violento dispensado a pessoas negras pela polícia, evidenciando a importância de medidas para coibir abusos e garantir a proteção de todos os cidadãos, independentemente de sua origem ou cor de pele.