Durante seu depoimento, Motta afirmou que o crime teve como intenção amedrontar aqueles que desafiassem os interesses das milícias no Rio de Janeiro. Ele destacou a importância de enfrentar o poder político desses grupos e ressaltou a necessidade de investigar e punir os responsáveis pelos assassinatos.
O deputado Psol-RJ relembrou a CPI das Milícias, presidida por Marcelo Freixo, que teve início após o assassinato de dois jornalistas queimados. Motta afirmou que o relatório da Polícia Federal sobre o caso de Marielle Franco aponta para uma tentativa de amedrontar e aterrorizar aqueles que desafiam as milícias no ambiente político.
Chiquinho Brazão, que está preso preventivamente desde março deste ano, acompanhou a audiência por videoconferência, mas optou por não se manifestar. Uma das testemunhas da defesa, Marcos Rodrigues Martins, servidor de carreira da Câmara de Vereadores do Rio, negou que Brazão tenha assumido sozinho as modificações em projetos sobre questões fundiárias.
Durante a audiência, o advogado de defesa de Brazão criticou a ausência de testemunhas que foram convidadas, mas não compareceram. A relatora do caso, deputada Jack Rocha (PT-ES), esclareceu que as testemunhas em processos no Conselho de Ética não são obrigadas a prestar depoimento.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), anunciou que Chiquinho Brazão será ouvido na próxima terça-feira (16), juntamente com outras testemunhas definidas pela defesa. O desenrolar deste processo será crucial para a investigação e possível cassação do mandato do deputado envolvido.