Haddad ressaltou a dificuldade em organizar as contas públicas devido ao rombo orçamentário de mais de R$ 200 bilhões herdado do governo anterior. O ministro afirmou que o governo está buscando restabelecer a ordem nas contas para garantir a estabilidade econômica.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou que o Plenário da Casa votará um acordo entre os representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para extinguir gradualmente a desoneração da folha de pagamento até 2027, em troca de um projeto de lei que aumente a arrecadação e compense o impacto nas contas públicas.
De acordo com estimativas da Receita Federal, a desoneração da folha reduzirá a arrecadação em R$ 26,3 bilhões em 2024, sendo R$ 15,8 bilhões para os setores da economia e R$ 10,5 bilhões para as pequenas prefeituras. O Senado contesta os valores, alegando que o impacto para este ano seria de R$ 18 bilhões.
Haddad reafirmou o compromisso do presidente Lula com a responsabilidade fiscal e a reestruturação do orçamento público para garantir estabilidade econômica e baixa inflação. Além disso, nesta terça-feira, o presidente do Senado enviou uma proposta de renegociação das dívidas dos estados com a União, visando evitar impacto primário nas contas do governo federal e possibilitando a redução do indexador que corrige a dívida dos estados, desde que a diferença seja investida em educação.