Alta da batata e leite impulsiona inflação em junho, enquanto passagem aérea e frutas colaboram para desaceleração.

No último dia 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados referentes à inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de junho, que registrou um aumento de 0,21% em relação ao mês anterior. As altas nos preços da batata-inglesa e do leite longa vida foram os principais fatores que impactaram no aumento dos preços para o consumidor.

De acordo com o pesquisador do IBGE, André Almeida, a menor oferta desses produtos no mercado foi o que contribuiu para o aumento dos preços. No caso do leite longa vida, a menor oferta está relacionada ao período de entressafra, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e um clima adverso na Região Sul do país. Já a batata-inglesa teve o fim da safra das águas em maio e o início da safra das secas, porém, o volume proveniente da safra das secas ainda não foi significativo, resultando em uma oferta reduzida.

Além disso, a alimentação teve um aumento de 0,44% em junho, sendo 0,47% mais caro comprar alimentos para consumo no domicílio e 0,27% mais caro fazer refeições fora de casa. Outros itens que impactaram a inflação no mês foram a gasolina (0,64%), a taxa de água e esgoto (1,13%) e os perfumes (1,69%).

Apesar das altas de preços em diversos itens, a inflação foi menor em junho do que em maio, com uma taxa de 0,21%. A passagem aérea foi o item que mais contribuiu para essa desaceleração, apresentando uma deflação de 9,88% em maio. Outros itens que também colaboraram para a queda da inflação foram o mamão, com queda de mais de 17%, e a cebola, com deflação de 7%.

Portanto, o cenário inflacionário em junho foi influenciado por fatores como a menor oferta de alguns produtos no mercado e também por variações nos preços de itens específicos, resultando em impactos para o consumidor.

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