Operação Corisco Turbo: Polícia Federal e Receita Federal desmantelam organização criminosa por importação ilegal de mercadorias estrangeiras.

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram nesta quarta-feira a Operação Corisco Turbo, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável por importar ilegalmente grandes quantidades de mercadorias de origem estrangeira sem o devido pagamento de tributos. Cerca de 250 policiais federais e 100 servidores da Receita Federal estão envolvidos na operação, que cumpre um total de 51 mandados de busca e apreensão, 25 ordens de sequestro de bens imóveis e 42 ordens de sequestro de veículos. Além disso, foi determinado o bloqueio de R$280 milhões nas contas dos alvos da ação. As ações da operação ocorrem em vários estados do país, incluindo São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.

De acordo com informações da Polícia Federal, os mandados foram expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, que também determinou medidas cautelares contra os principais investigados. Entre as medidas estão a proibição de saírem do país, entrega dos passaportes em 24 horas, proibição de saírem do município de domicílio, comparecimento mensal ao Juízo Federal para informar suas atividades e proibição de manterem contato uns com os outros.

As investigações revelaram que a organização criminosa era dividida em núcleos responsáveis por diferentes etapas do esquema, como negociação e venda de produtos eletrônicos, transporte/armazenamento, constituição de empresas fictícias, envio de dinheiro para o exterior e receptação dos produtos para revenda no comércio. Além disso, foram encontrados indícios de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, incluindo o uso de doleiros e transferências de criptomoedas.

Segundo a PF, há suspeitas de que mais de R$1,6 bilhão tenham sido remetidos ilegalmente para o exterior e que mais de 500 mil telefones celulares tenham sido introduzidos no país nos últimos cinco anos pela organização criminosa. Os suspeitos envolvidos na operação podem responder por crimes como falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas que podem chegar a até 37 anos de reclusão.

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