Projeto que amplia prazo de vítimas de assédio sexual e moral para buscarem reparação civil segue para análise da CCJ.

Proposta que amplia prazo para vítimas de assédio sexual no trabalho pedirem reparação civil segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O Projeto de Lei (PL) 5.993/2023, apresentado pela senadora Ana Paula Lobato (PDT-MA), foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta-feira (10) e agora segue para uma nova etapa de tramitação.

A relatora do projeto, senadora Jussara Lima (PSD-PI), deu voto favorável à proposta, que altera o Código Civil para aumentar o tempo de prescrição da solicitação de reparação civil em casos de assédio sexual no ambiente de trabalho. Atualmente, o prazo é de três anos, mas com o projeto, as vítimas terão até cinco anos após o fim do vínculo empregatício para buscar a reparação legal.

Uma emenda sugerida por Jussara Lima também propõe que o mesmo prazo seja aplicado para vítimas de assédio moral no trabalho, destacando a importância de garantir o mesmo tratamento para situações que envolvem violência interpessoal e social no ambiente profissional.

A senadora Ana Paula Lobato justifica a proposta, apontando que muitas vítimas de assédio sexual se privam de buscar ajuda jurídica devido ao medo de retaliação no emprego. Além disso, é mencionado que, muitas vezes, quando o vínculo empregatício é encerrado, o prazo para solicitar reparação civil já está prescrito.

Com a aplicação do novo prazo de cinco anos, que começa a ser contado a partir da extinção do vínculo empregatício, espera-se garantir às vítimas de assédio sexual e moral no trabalho a oportunidade de buscar justiça mesmo após deixarem seus empregos.

A proposta agora aguarda a análise da CCJ do Senado, onde será discutida em mais detalhes antes de seguir para votação em plenário. A medida visa promover maior proteção e garantir o acesso à justiça para as vítimas de assédio no ambiente de trabalho.

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