Diferentemente do Aedes Aegypti, vetor da Dengue, Zika e Chikungunya, o maruim e a muriçoca têm hábitos de vida e reprodução específicos. Enquanto o Aedes Aegypti prefere água limpa e parada, os vetores da Febre do Oropouche se reproduzem em ambientes ricos em matéria orgânica em decomposição e água suja. Por isso, o controle desses vetores exige atenção especial aos esgotos, córregos e lixo orgânico.
O infectologista do HEHA, Fernando Maia, ressalta a importância de manter os ambientes limpos e livres de acúmulo de lixo orgânico para evitar a proliferação desses mosquitos e, consequentemente, a transmissão da doença. Medidas como a utilização de telas de proteção nas portas e janelas, além de óleos à base de citronela, cravo e folhas de neem, podem ajudar a afastar os vetores.
Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos da Dengue, mas a forma grave da doença pode evoluir para complicações neurológicas, como meningite e encefalite. A população deve ficar atenta e, ao menor sinal de sintomas como febre, dores de cabeça, dores musculares e náusea, procurar um serviço de saúde para investigação e tratamento adequado.
Por enquanto, não existem bioinseticidas registrados oficialmente para o combate desses mosquitos, reforçando a importância da prevenção e controle ambiental para evitar a propagação da Febre do Oropouche. A conscientização da população e a atuação do poder público são fundamentais para minimizar os riscos de transmissão da doença em Alagoas e em outras regiões afetadas.