Girão fez um apelo aos seus colegas senadores para que o tema seja amplamente discutido e reavaliado em outras comissões, como a de Segurança Pública e de Assuntos Econômicos, antes de qualquer decisão ser tomada. Ele ressaltou que o jogo não gera benefícios econômicos reais, empregos ou turismo, citando dados de uma pesquisa que mostrou que 63% dos apostadores tiveram parte de sua renda comprometida, afetando sua capacidade de adquirir itens essenciais.
Além disso, o senador criticou a postura do presidente Lula em relação ao tema, apontando uma possível incoerência em sua posição. Lula, que proibiu os bingos no país em seu primeiro mandato, agora estaria considerando a possibilidade de sancionar uma lei favorável aos cassinos, o que, segundo Girão, poderia abrir espaço para a lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas.
Para o senador, a população brasileira não está interessada na legalização dos jogos de azar, pois percebe os riscos e as consequências negativas que poderiam advir dessa medida. Ele enfatizou que o Brasil já enfrenta problemas demais e não precisa adicionar mais um elemento de instabilidade e prejuízo ao seu cenário social e econômico.
Diante dessas preocupações levantadas por Eduardo Girão, é importante que o debate em torno do projeto de lei seja aprofundado e que sejam consideradas todas as possíveis consequências antes de se tomar uma decisão final. A sociedade brasileira precisa ser ouvida e seus interesses devem ser levados em conta neste importante tema que está em pauta no Congresso Nacional.