Após uma audiência de custódia realizada por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, as prisões foram mantidas. A justificativa para a continuidade das prisões ainda não foi divulgada. De acordo com a investigação da Polícia Federal, os cinco acusados estiveram envolvidos no monitoramento ilegal, que teria ocorrido com o conhecimento do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem.
Os investigadores apontam que o programa First Mile foi utilizado para espionar ilegalmente autoridades do Judiciário, Legislativo, Receita Federal e jornalistas. A Agência Brasil não conseguiu contato com as defesas dos cinco acusados, porém, Alexandre Ramagem negou qualquer ato ilegal durante sua gestão na Abin.
Ramagem alegou que não houve monitoramento ilegal de autoridades e que os nomes citados na investigação foram mencionados em mensagens de WhatsApp e conversas de outros investigados na operação. O deputado também negou favorecimento ao senador Flávio Bolsonaro e afirmou que as ações clandestinas de monitoramento também ocorreram contra auditores da Receita Federal responsáveis por investigações ligadas a Flávio.
O senador Flávio Bolsonaro, por sua vez, negou qualquer favorecimento e afirmou que a divulgação do relatório da PF tinha como objetivo prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto. A situação continua em desenvolvimento e novas informações podem surgir a qualquer momento.