O acordo, aprovado em 2019 após mais de 20 anos de negociação, enfrenta resistência de alguns países europeus, como a França, o que tem dificultado sua implementação. O pacto abrange temas tarifários e regulatórios, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias, fitossanitárias e propriedade intelectual.
Em relação ao protecionismo europeu, Lula já manifestou críticas, mas reiterou que não desistirá do acordo Mercosul-UE. O presidente ressaltou que decisões unilaterais, como a taxa de carbono imposta pela União Europeia, podem prejudicar os produtores brasileiros e os consumidores italianos.
A visita oficial do presidente da Itália, Sergio Mattarella, ao Brasil também foi discutida durante a coletiva. Mattarella chegou ao Brasil no último domingo (14) e sua agenda inclui passagens por São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Rio Grande do Sul, estado com forte presença de imigrantes italianos. Lula agradeceu a contribuição da Itália no envio de donativos para auxiliar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul e ressaltou a importância da cooperação entre os dois países.
Além disso, durante o encontro entre Lula e Mattarella, foram discutidos temas econômicos, como a diversificação da pauta de exportações brasileiras para a Itália e o fortalecimento do comércio entre os dois países. O presidente brasileiro destacou a importância do Acordo Mercosul-UE para incrementar o fluxo comercial e atrair mais investimentos italianos para o Brasil.
No campo acadêmico, foram assinados memorandos de entendimento entre a Embrapa e a Universidade de Turim, assim como entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de Turim, visando fortalecer a cooperação científica entre o Brasil e a Itália. Por fim, foi assinado um acordo sobre o reconhecimento recíproco de carteira de habilitação entre os dois países, com o objetivo de facilitar o turismo e os negócios entre brasileiros e italianos.
