Os representantes do governo federal estão empenhados em solucionar as tensões que se intensificaram nos últimos dias. Em Douradina, a cerca de 195 quilômetros de Campo Grande, ocorreu o primeiro ataque no sábado (13). Já no domingo (14), o segundo caso aconteceu na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I, abrangendo parte dos territórios de Amambai, Caarapó e Laguna Carapã.
Um indígena foi atingido por um tiro durante a tentativa de retirada dos guarani-kaiowá da área conhecida como Panambi (GuyraKambi’y) – Lagoa Rica, em Douradina. Além disso, uma jovem também foi baleada na perna durante o ataque na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I. A situação se agrava devido a ações judiciais que impedem o processo demarcatório das terras.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) demonstrou preocupação com a escalada da violência e apelou por uma resolução pacífica para o conflito. Enquanto isso, os órgãos federais também estarão atentos aos conflitos fundiários envolvendo indígenas no Paraná e no Rio Grande do Sul.
A presença dos representantes do governo federal visa amenizar a tensão e buscar soluções que garantam a segurança e os direitos dos povos indígenas. A instabilidade gerada pelo Marco Temporal e outras questões anti-indígenas têm gerado incerteza jurídica e violência, tornando os indígenas as principais vítimas desses conflitos. O ministério mantém diálogo constante com as autoridades locais e órgãos envolvidos para proteger e apoiar os povos indígenas afetados e evitar novos atos de violência.