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Comissão criada para regulamentar transporte aéreo de pets após o Caso Joca: normas mais rígidas em discussão para voos domésticos e internacionais.

O Ministério de Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciaram a criação de uma comissão para discutir questões relacionadas ao transporte de animais de estimação em voos domésticos e internacionais. A iniciativa surge como resposta ao caso amplamente divulgado do cão Joca, um golden retriever que faleceu após ser embarcado no porão de um avião com destino errado, onde permaneceu por várias horas além do previsto.

O colegiado terá 30 dias para apresentar conclusões e propor regulamentações mais específicas sobre o transporte de pets, visando garantir a segurança, o bem-estar e a proteção dos animais. Durante a cerimônia de instalação da comissão, o ministro Silvio Costa Filho ressaltou a importância de estabelecer um marco legal sobre o assunto, que poderá ser implementado por meio de resoluções, portarias e iniciativas legislativas.

O objetivo da comissão é aprofundar o debate sobre normas de transporte aéreo de animais, levando em consideração a agenda de proteção animal e segurança. O Brasil busca se tornar referência global nesse tema, alinhando-se às legislações de países desenvolvidos. Além disso, a comissão pretende discutir também regras para o transporte marítimo de pets.

Com a participação de representantes de diversos órgãos e entidades, como empresas aéreas, Conselho Federal de Medicina Veterinária, Anvisa, Ibama e diversos ministérios, a comissão terá como base as mais de 3,4 mil contribuições da sociedade recebidas durante uma consulta pública conduzida pela Anac após o caso Joca. Entre as sugestões destacadas estão o rastreamento dos animais, a presença de veterinários nos aeroportos, o transporte nas cabines das aeronaves e prioridade no embarque e desembarque.

O diretor-presidente da Anac, Tiago Pereira, frisou a importância de estabelecer uma política regulatória que garanta o bem-estar dos animais e a acessibilidade dos serviços de transporte aéreo para os tutores. Com mais de 80 mil pets sendo transportados por ano no Brasil, a regulamentação se faz cada vez mais necessária para evitar casos como o de Joca e promover a segurança e proteção dos animais de estimação.

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