Originalmente, a estimativa era de um déficit primário de R$ 32,6 bilhões, mas com o contingenciamento realizado, o valor foi ajustado para se manter dentro da margem de tolerância estabelecida pelo novo arcabouço fiscal. A regra para o resultado primário zero prevê uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB).
Além disso, o governo bloqueou R$ 11,2 bilhões para não ultrapassar o limite de gastos estabelecido pelo novo modelo fiscal. Esse modelo permite que os gastos cresçam, em valores acima da inflação, até 70% do crescimento acima da inflação da receita no ano anterior.
O cenário de déficit primário tem preocupado o governo, que busca soluções para diminuir essa projeção. Uma das alternativas seria a aprovação de medidas pelo Senado para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para setores da economia e os pequenos municípios. Além disso, o governo espera que o próximo relatório reflita um possível aumento na arrecadação, o que poderia contribuir para a redução do déficit.
No entanto, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas também prevê uma queda nas receitas líquidas, influenciada por diversos fatores, como a reclassificação de parcelamentos nos tributos adequados e a redução na previsão de arrecadação do PIS e da Cofins.
Diante desse cenário, as perspectivas para o futuro são incertas, mas o governo segue buscando alternativas para equilibrar as contas públicas e garantir a estabilidade econômica do país.