De acordo com o ministro, o tema agora faz parte da agenda internacional e recebeu apoio considerável dos participantes do G20, que destacaram a liderança brasileira no grupo. Apesar de existirem preocupações e ressalvas, ficou evidente a importância de considerar a proposta brasileira como relevante, mesmo diante de preferências por outras soluções. A taxação dos super-ricos é uma pauta prioritária para o Brasil no G20, com a defesa de um imposto mínimo de 2%, embora haja resistências, como a postura da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que defende o tratamento da questão internamente por cada governo.
Haddad ressaltou que sem coordenação global, os países acabam em uma guerra fiscal, e por isso a inclusão da proposta brasileira na declaração final é vista como uma conquista significativa. Ele enfatizou a importância ética e política desse avanço, que reflete a busca por justiça e equidade. A discussão tributária é vista como crucial para enfrentar desafios globais como desigualdade, fome e mudanças climáticas, demandando soluções inovadoras.
O ministro destacou ainda que o G20 se consolidou como um importante fórum global de diálogo e coordenação econômica e social. Ele enfatizou a importância do diálogo franco e transparente na elaboração da declaração histórica sobre justiça tributária. Com o Brasil assumindo a presidência do G20, este evento marcou o início de um novo diálogo global sobre questões tributárias, com o intuito de promover um mundo mais justo e equitativo.
A Cúpula do G20, prevista para ser sediada no Rio de Janeiro no final do ano, marca um momento crucial na presidência brasileira do grupo, que será transferida posteriormente para a África do Sul. Espera-se que os debates e decisões tomadas durante este encontro possam contribuir significativamente para a construção de um sistema tributário mais justo e eficaz a nível global.