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Ministro da Fazenda destaca importância histórica da declaração ministerial do G20 sobre cooperação tributária internacional

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta quinta-feira (25) de uma reunião do G20 no Rio de Janeiro e se mostrou otimista em relação aos avanços na cooperação tributária internacional. Haddad afirmou que o encontro resultou em uma declaração ministerial histórica, abordando diversos temas importantes como transparência e taxação dos super-ricos.

Durante seu pronunciamento, o ministro ressaltou a importância do diálogo franco e transparente entre os membros do G20, enfatizando que o documento final da reunião servirá como ponto de partida para futuras discussões sobre justiça tributária. Ele destacou que o Brasil, na condição de presidente do grupo, está liderando as negociações e propondo iniciativas para garantir uma tributação mais justa e equitativa.

Uma das propostas mais polêmicas apresentadas pelo Brasil é a taxação de super-ricos, com a sugestão de um imposto mínimo de 2% coordenado entre os países. No entanto, essa ideia tem enfrentado resistência, como a manifestada pela secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que defende que cada governo trate da questão internamente.

Haddad reforçou a importância de uma coordenação global para evitar que os super-ricos explorem as vulnerabilidades dos sistemas nacionais de tributação. Ele também mencionou a reforma tributária aprovada no Brasil no ano passado, destacando os princípios de cooperação internacional adotados pelo governo brasileiro.

A reforma tributária no Brasil unificou diversos impostos e tem como objetivo simplificar o sistema de arrecadação, promovendo uma maior progressividade na cobrança de tributos. Além disso, a reforma visa combater a evasão fiscal, especialmente de empresas offshore e fundos de investimento exclusivos.

O G20, composto pelas 19 maiores economias do mundo, tem se consolidado como um importante foro de diálogo e coordenação em diversos temas econômicos e sociais. O Brasil assumiu a presidência do grupo no ano passado e sediará a próxima Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, antes de transferir a presidência para a África do Sul.

Em suma, a reunião do G20 sob a liderança do Brasil trouxe avanços significativos na cooperação tributária internacional, impulsionando discussões sobre justiça fiscal e equidade na arrecadação de impostos entre os países membros. Os desafios ainda são grandes, mas a vontade política demonstrada pelo G20 é um passo importante para mudanças concretas nesse cenário.

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