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Chegada do manto Tupinambá ao Brasil será celebrada em cerimônia realizada pelo Ministério dos Povos Indígenas no Rio de Janeiro.

O Ministério dos Povos Indígenas está se preparando para uma grande celebração nos dias 29 e 31 de agosto para marcar a chegada do manto Tupinambá ao Brasil. A cerimônia está sendo organizada em parceria com o Museu Nacional e representantes do povo indígena Tupinambá, e deve acontecer nas instalações do Museu, localizado no Rio de Janeiro.

O manto, que retornou ao Brasil no dia 11 de julho deste ano após mais de 300 anos na Dinamarca, foi devolvido graças a um processo articulado entre instituições dos dois países, incluindo a Embaixada do Brasil na Dinamarca, o Museu Nacional e lideranças Tupinambá da Serra do Padeiro e de Olivença, na Bahia.

O Ministério dos Povos Indígenas realizou uma visita ao território Tupinambá entre os dias 1º a 4 de abril deste ano, com o objetivo de ouvir as lideranças da comunidade sobre a importância e a relação que têm com o manto, de caráter religioso, e viabilizar o contato com o artefato.

Para os preparativos finais da cerimônia, está previsto um diálogo no dia 5 de agosto, organizado pela Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, com a presença do diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner.

O cronograma da celebração inclui uma primeira etapa no dia 29 de agosto, com rituais espirituais Tupinambá e pajés dedicados ao manto sagrado. A segunda etapa, no dia 31 de agosto, será a apresentação do manto ao público, com a presença de autoridades brasileiras, dinamarquesas e representantes do povo Tupinambá.

Além disso, o ministério está trabalhando em recomendações e protocolos para que povos indígenas tenham acesso a bens e objetos de suas culturas em museus nacionais ou no exterior. Essas ações são conduzidas pelo Grupo de Trabalho de Restituição de Artefatos Indígenas, criado em 2023.

A cerimônia promete ser um evento emocionante e simbólico, marcando o retorno de um importante artefato da cultura Tupinambá ao seu lugar de origem, após séculos longe do Brasil.

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