Através do assessor especial Celso Amorim, enviado a Caracas na semana passada, o presidente brasileiro tem acompanhado de perto o processo eleitoral na Venezuela. Amorim se reuniu com o presidente Nicolás Maduro, que conquistou a reeleição, e com Edmundo González Urrutia, candidato da oposição. Lula reiterou o compromisso do Brasil em trabalhar pela normalização do processo político no país vizinho, destacando que isso terá impactos positivos em toda a região. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também participou da reunião.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ainda não tornou públicas as atas que comprovam o resultado das eleições, que apontaram vitória de Maduro com 51,21% dos votos. Parte da oposição, assim como alguns países e a OEA, questionam a transparência do pleito e exigem a divulgação das atas para auditagem dos votos. Enquanto isso, o governo de Maduro acusa a oposição e alguns países de incitarem um golpe de Estado contra o resultado das eleições.
Após as eleições, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil aguarda a divulgação dos dados desagregados por mesa de votação pelo CNE venezuelano, considerando esse passo essencial para a transparência e legitimidade do resultado eleitoral. A situação na Venezuela tem causado tensões, levando o Itamaraty a emitir um alerta consular para que brasileiros no país evitem aglomerações e estejam atentos à segurança.
Na conversa entre Lula e Biden, o presidente dos Estados Unidos confirmou presença na Cúpula do G20, marcada para novembro no Rio de Janeiro, e destacou a importância da parceria entre Brasil e EUA. Lula, por sua vez, convidou Biden para participar de uma reunião dos países democráticos em setembro, em Nova York, e parabenizou a decisão do presidente americano em deixar a candidatura à reeleição, desejando sucesso para as eleições presidenciais em novembro nos EUA.
