De acordo com o gerente de qualificação da Seteq, Lucas de Barros, os dados coletados nesse primeiro relatório são fundamentais para compreender o perfil socioeconômico e demográfico dos catadores, sejam autônomos ou de cooperativas. A meta é cadastrar 1.840 catadores em todo o estado de Alagoas, a fim de proporcionar serviços públicos e programas que melhorem a qualidade de vida desses trabalhadores.
O levantamento revelou que a maioria dos catadores cadastrados até o momento reside na cidade de Maceió, representando 78,39% do total. Também foram cadastrados catadores de outros municípios, como Marechal Deodoro, Pilar, União dos Palmares, Satuba e Arapiraca. No entanto, os registros ainda se concentram nos grandes centros urbanos.
Dados importantes foram destacados na pesquisa, como a predominância de mulheres (53,9%) em relação aos homens (46,1%), a faixa etária predominante entre 31 e 60 anos (69%), o baixo índice de alfabetização e escolaridade, e a renda familiar média dos catadores. Além disso, muitos deles desconhecem leis e direitos relacionados à profissão, bem como questões fundamentais da reciclagem e educação ambiental.
Para os catadores que ainda não participaram da pesquisa, a orientação é entrar em contato com as cooperativas locais ou responder aos pesquisadores que continuam em busca ativa nos municípios. O Programa Catamais Alagoas visa não apenas cadastrar os trabalhadores, mas também oferecer qualificação e equipamentos de proteção individual para melhorar suas condições de trabalho e qualidade de vida.
Assim, a divulgação dos primeiros dados do Programa Catamais Alagoas representa um passo importante para o reconhecimento e valorização dos catadores de recicláveis no estado, contribuindo para a implementação de políticas mais eficazes e inclusivas para essa parcela da população.