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Programador condenado a 10 anos por injúria contra Bolsonaro em depoimento à CPMI dos atos golpistas de 2023.

O programador Walter Delgatti Neto foi condenado a 10 anos e 20 dias de detenção, em regime inicial semiaberto, pelo juiz Omar Dantas Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, pelo crime de injúria contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A condenação veio após Delgatti ter afirmado, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que teria recebido um pedido do próprio Bolsonaro para assumir a autoria de grampos realizados no celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante todo o processo, Delgatti manteve sua versão, alegando que a solicitação de Bolsonaro foi feita através da deputada Carla Zambelli e que ele não tinha como produzir provas por estar detido em outro caso. No entanto, o juiz Omar Dantas Lima considerou que o programador não apresentou provas que corroborassem sua versão, resultando na condenação pelo crime de imputação falsa.

A defesa de Bolsonaro, por outro lado, alegou à Justiça que as acusações de Delgatti eram falsas e que ele não tinha evidências para apoiar suas declarações. Apesar disso, Delgatti se recusou a se retratar e manteve sua posição, insistindo em afirmar sua verdade sem conseguir comprová-la.

Esta não é a primeira vez que Walter Delgatti Neto enfrenta problemas com a Justiça. Ele também está preso em relação a um caso de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e já foi condenado em primeira instância no âmbito da Operação Spoofing, que investigou a invasão aos celulares de autoridades, incluindo procuradores e juízes da Lava Jato. Delgatti tem a possibilidade de recorrer em liberdade da decisão do juiz, mas segue detido por outros processos judiciais em andamento.

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