Brasil aguarda divulgação das atas para se pronunciar sobre resultado das eleições presidenciais na Venezuela, diz ministro Padilha.

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, manifestou nesta quarta-feira (31) a importância do papel do Brasil no processo das eleições presidenciais na Venezuela. Padilha enfatizou que o governo brasileiro atuou como mediador desde o início, em conjunto com outros países, para garantir um ambiente pacífico e sem conflitos no país vizinho.

Durante uma entrevista em um programa de rádio, o ministro ressaltou que a postura do Brasil é aguardar a publicação das atas que detalham os resultados das urnas antes de se posicionar sobre o pleito. Ele destacou que o presidente Lula só irá se pronunciar sobre o resultado eleitoral quando houver informações oficiais sobre os votos.

Padilha também mencionou a importância da estabilidade na Venezuela para a economia brasileira, uma vez que o Brasil realiza mais exportações do que importações para os países sul-americanos. Ele explicou que a postura firme do Brasil em não se precipitar em fazer declarações sobre o resultado das eleições é essencial para manter relações diplomáticas saudáveis com outros países, como México, Colômbia e os Estados Unidos.

Após a reeleição do presidente Nicolás Maduro, a oposição venezuelana questionou os resultados das urnas, alegando fraude eleitoral. As manifestações contrárias ao resultado do pleito levaram a protestos nas ruas de Caracas, com apelos da comunidade internacional para a divulgação completa das contagens dos votos.

Diante da tensão política na Venezuela, o governo brasileiro emitiu um alerta consular para os brasileiros que estiverem no país, recomendando que evitem áreas de aglomeração e estejam cientes da situação de segurança local. Além disso, a expulsão de diplomatas de países que contestaram o processo eleitoral gerou novas preocupações sobre a estabilidade política na região.

Em resumo, o Brasil mantém uma postura de espera e diálogo em relação às eleições na Venezuela, priorizando a estabilidade da região e a segurança de seus cidadãos que se encontram no país vizinho.

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