Presidente Maduro solicita perícia das atas eleitorais ao TSJ da Venezuela em meio a controvérsias pós-eleições e distúrbios no país.

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, apresentou um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país para que o Judiciário realize uma perícia das atas eleitorais em mãos de todos os partidos da Venezuela. Maduro afirmou que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) está disposto a apresentar 100% dos registros eleitorais em suas mãos e espera que a sala eleitoral do TSJ faça o mesmo com cada candidato e partido.

O processo eleitoral venezuelano permite que os fiscais de cada partido obtenham uma cópia da ata eleitoral de cada uma das 30 mil mesas de votação do país. O pedido de Maduro visa que o Tribunal realize uma perícia para analisar todos os documentos e verificar a veracidade das informações. O presidente destacou a importância de comparar todas as evidências e realizar uma perícia técnica para esclarecer os resultados das eleições de 28 de julho.

Maduro ressaltou que o recurso busca resolver qualquer ataque contra o processo eleitoral e esclarecer os eventos em meio a tentativas de golpe de Estado. Desde o anúncio do resultado das eleições, o Conselho Nacional de Eleição (CNE) tem enfrentado pressões da oposição e de organismos internacionais para divulgar as atas utilizadas no cálculo dos resultados. O CNE justificou a demora devido a um ataque hacker contra seu sistema de comunicação.

A oposição, liderada por Edmundo González e María Corina Machado, alega ter em mãos 73% das atas de todas as mesas eleitorais, indicando uma suposta vitória sobre Maduro, contradizendo os resultados oficiais. Manifestações contra o resultado do pleito têm ocorrido em todo o país, resultando em confrontos com as forças de segurança e casos de violência.

Os distúrbios são apontados tanto pelas autoridades venezuelanas como uma estratégia para um golpe de Estado quanto pela oposição como uma forma legítima de protesto contra um suposto cenário de repressão política. A violência nas ruas tem sido intensa, com um policial morto vítima de arma de fogo e um total de 11 manifestantes mortos, de acordo com informações da ONG venezuelana Foro Penal.

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