De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, essa recuperação reflete a superação de diversos problemas que afetaram a atividade industrial em maio, como as greves no setor de veículos automotores e os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul. As enchentes no estado gaúcho prejudicaram não apenas a indústria local, mas também afetaram fábricas que dependem de insumos provenientes da região.
Além do faturamento, outros indicadores também apresentaram resultados positivos. O número de horas trabalhadas na indústria brasileira aumentou 2,2% entre maio e junho, acumulando uma alta de 2,6% no primeiro semestre. A massa salarial real do setor registrou crescimento de 4,3% de maio para junho, e de 3,8% no acumulado do semestre. O rendimento médio dos trabalhadores também teve um aumento de 4,2% em junho em relação a maio, e de 2,2% no primeiro semestre.
No entanto, o único indicador que não apresentou alta foi o emprego no setor industrial, que se manteve estável de maio para junho. No acumulado do semestre, houve um aumento de 1,6% no emprego na indústria, conforme os dados da CNI. Esses números refletem uma melhora gradual na situação da indústria de transformação no país, que continua buscando uma recuperação sólida e consistente após os impactos negativos sofridos nos meses anteriores.