As investigações, que tiveram início em março desse ano pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) da Polícia Civil em parceria com a Polícia Militar, revelaram que os funcionários terceirizados eram recrutados pelo líder da organização criminosa. Eles agiam de forma sincronizada durante o momento da limpeza para subtrair os medicamentos, que eram posteriormente comercializados ilegalmente tanto em Alagoas quanto em outros estados, como São Paulo.
De acordo com o chefe-geral de Inteligência da SSP, delegado Gustavo Henrique Barros, os prejuízos provocados por esse esquema criminoso ainda não puderam ser totalmente mensurados, mas são consideráveis. Os medicamentos alvo dos furtos eram especialmente utilizados para tratar doenças raras e graves, como as oncológicas, e podiam atingir valores elevados no mercado.
Durante a operação Overdose, seis dos nove presos foram pegos em flagrante com medicamentos em suas residências. Os criminosos agiam rapidamente para distribuir os produtos furtados, tornando a apreensão de outros materiais mais difícil. A investigação também não identificou até o momento a participação de servidores públicos efetivos ou comissionados nos crimes.
A ação integrada contou com a participação de equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil, e recebeu o nome de Overdose em referência ao volume exagerado de medicamentos furtados e ao prejuízo causado ao poder público e à sociedade. Os órgãos de segurança ressaltaram a importância da integração e da colaboração da população no combate ao crime, incentivando denúncias por meio do Disque-Denúncia.