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Ministro do STF determina transparência em emendas parlamentares após polêmica do “orçamento secreto” no Congresso Nacional

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, tomou uma decisão importante nesta quinta-feira (1°) em relação às emendas parlamentares conhecidas como “orçamento secreto”, também denominadas de RP9. Após uma audiência de conciliação com representantes do Congresso, ficou determinado que a indicação de recursos públicos por meio dessas emendas deve seguir regras mais transparentes.

De acordo com a determinação do ministro, as emendas somente poderão ser pagas pelo Poder Executivo se houver total transparência em relação à sua rastreabilidade. Além disso, Flávio Dino estabeleceu que organizações não governamentais (ONGs) que atuem como executoras das emendas também devem obedecer às mesmas regras.

Outro ponto importante da decisão é que a Controladoria-Geral da União (CGU) realizará auditorias em todos os repasses feitos pelos parlamentares por meio dessas emendas consideradas controversas.

A audiência de conciliação foi convocada pelo ministro depois de constatar que o Congresso não estava cumprindo uma decisão anterior do STF que determinava a transparência na liberação dessas emendas. Participaram da audiência representantes da Câmara dos Deputados, do Senado, Tribunal de Contas da União e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em dezembro de 2022, o STF declarou que as emendas RP9 eram inconstitucionais. Após essa decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução para modificar as regras de distribuição de recursos por meio de emendas de relator, visando cumprir a determinação da Corte. No entanto, o PSOL, partido responsável pela ação que resultou nessa decisão, alegou que a determinação continuava sendo descumprida.

Diante desse cenário, a decisão do ministro Flávio Dino representa um avanço no sentido de garantir mais transparência e controle na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares, contribuindo para um ambiente mais ético e democrático na gestão dos recursos do país.

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