Líder do Hamas Ismail Haniyeh é assassinado em Teerã e funeral é realizado no Catar em meio à escalada de tensões com Israel.

O funeral do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi realizado no Catar na última sexta-feira (2), em meio a uma série de assassinatos de figuras importantes do grupo, incluindo o próprio Haniyeh, que ocorreu dois dias antes em Teerã, capital do Irã. Este evento aconteceu em meio à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

A cerimônia fúnebre ocorreu em uma grande mesquita ao norte da capital Doha e contou com a presença de Khaled Meshaal, cotado para ser o novo líder do Hamas, além de outras autoridades graduadas do grupo e o Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani. O corpo de Haniyeh seria enterrado em um cemitério na cidade de Lusail, ao norte de Doha.

O caixão de Haniyeh, coberto com a bandeira palestina, foi carregado por centenas de pessoas dentro da mesquita, juntamente com o caixão de seu guarda-costas, também morto no mesmo ataque em Teerã. Durante o funeral, o representante sênior do Hamas, Sami Abu Zuhri, afirmou por telefone à imprensa que o fim de Israel está próximo e que o sangue de Haniyeh mudará todas as equações.

O Hamas acusou Israel de ser responsável pelo assassinato do líder, prometendo retaliar, porém Israel não reivindicou a autoria do ataque. A morte de Haniyeh fez parte de uma série de assassinatos de figuras importantes do Hamas e do Hezbollah, levantando preocupações sobre um possível conflito regional.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a morte de Haniyeh não ajudou nos esforços internacionais para garantir um cessar-fogo em Gaza, onde já estão em curso negociações de paz lideradas pelo Catar, Egito e Estados Unidos.

Haniyeh era visto como um moderado dentro do Hamas e participava ativamente de negociações para um cessar-fogo em Gaza. Sua morte deixou um vácuo na liderança do grupo, aumentando as incertezas em relação aos próximos passos no conflito entre Israel e o Hamas.

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