A cerimônia fúnebre ocorreu em uma grande mesquita ao norte da capital Doha e contou com a presença de Khaled Meshaal, cotado para ser o novo líder do Hamas, além de outras autoridades graduadas do grupo e o Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani. O corpo de Haniyeh seria enterrado em um cemitério na cidade de Lusail, ao norte de Doha.
O caixão de Haniyeh, coberto com a bandeira palestina, foi carregado por centenas de pessoas dentro da mesquita, juntamente com o caixão de seu guarda-costas, também morto no mesmo ataque em Teerã. Durante o funeral, o representante sênior do Hamas, Sami Abu Zuhri, afirmou por telefone à imprensa que o fim de Israel está próximo e que o sangue de Haniyeh mudará todas as equações.
O Hamas acusou Israel de ser responsável pelo assassinato do líder, prometendo retaliar, porém Israel não reivindicou a autoria do ataque. A morte de Haniyeh fez parte de uma série de assassinatos de figuras importantes do Hamas e do Hezbollah, levantando preocupações sobre um possível conflito regional.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a morte de Haniyeh não ajudou nos esforços internacionais para garantir um cessar-fogo em Gaza, onde já estão em curso negociações de paz lideradas pelo Catar, Egito e Estados Unidos.
Haniyeh era visto como um moderado dentro do Hamas e participava ativamente de negociações para um cessar-fogo em Gaza. Sua morte deixou um vácuo na liderança do grupo, aumentando as incertezas em relação aos próximos passos no conflito entre Israel e o Hamas.