A transmissão da febre do Oropouche ocorre principalmente através do vetor Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos atuam como hospedeiros, enquanto no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros e o mosquito Culex quinquefasciatus também pode transmitir o vírus.
Os sintomas da febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Casos graves, com acometimento do sistema nervoso central e manifestações hemorrágicas, podem ocorrer, assim como a recorrência dos sintomas após uma ou duas semanas do início do quadro clínico.
Recentemente, a Bahia confirmou duas mortes associadas à febre do Oropouche no estado. Até então, não havia registro de óbitos ligados à infecção em todo o mundo. O diagnóstico da doença é feito através de critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, e não há um tratamento específico, apenas orientações para repouso, acompanhamento médico e tratamento sintomático.
Medidas de prevenção incluem evitar o contato com áreas de ocorrência da doença, uso de repelentes, limpeza de terrenos e instalação de telas em portas e janelas. Recentemente, o Ministério da Saúde emitiu notas técnicas sobre a possibilidade de transmissão vertical da febre do Oropouche, alertando para casos de transmissão da mãe para o bebê durante a gestação ou parto. A investigação de casos envolvendo a doença continua a ser realizada para compreender melhor a sua propagação e impacto na saúde pública.