Os encontros, que contam com a presença de representantes dos governos, especialistas e empresários, possibilitam que a sociedade civil apresente demandas, propostas e tire dúvidas sobre as questões climáticas. Nas últimas plenárias realizadas, como a que tratou do Cerrado em Brasília e do bioma costeiro-marinho em Olinda, temas como regularização fundiária, proteção dos territórios de povos e comunidades tradicionais, consumo consciente e gestão de resíduos sólidos foram abordados.
A pescadora Maria Aparecida Santana destacou a importância da proteção dos territórios pesqueiros, destacando a vulnerabilidade dos pescadores artesanais em face dos desastres climáticos. Já Aline Souza, do Movimento Nacional dos Catadores e Catadoras de Marias Recicláveis, ressaltou a necessidade de um manejo adequado dos resíduos sólidos para reduzir impactos ambientais.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, salientou a importância da redução das emissões de CO2 para enfrentar os desafios ambientais. O Plano Clima, coordenado pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, visa orientar as políticas climáticas do país até 2035, envolvendo diversos setores e a sociedade civil.
Além das plenárias presenciais, a população pode participar por meio de uma plataforma digital lançada pelo governo federal em junho. A ideia é que as contribuições da sociedade possam influenciar a construção do Plano Clima, que está previsto para ser finalizado em maio de 2025 durante a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e Mudança do Clima em Brasília. A proposta integrará a Política Nacional sobre Mudança do Clima e será apresentada na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.