A doença de Newcastle é causada por um vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1) e pode resultar em sinais respiratórios, manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nas aves. Por conta disso, é uma enfermidade de notificação obrigatória pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), devido ao impacto na produção avícola comercial.
O Mapa enfatizou que, apesar da suspensão do estado de emergência, as medidas de vigilância epidemiológica continuarão em vigor na região em torno do foco da doença, com restrições específicas para a exportação de produtos avícolas e material genético. Adicionalmente, serão mantidos procedimentos especiais de fiscalização para garantir a segurança dos produtos destinados ao mercado doméstico.
A declaração de emergência para a doença de Newcastle tinha sido publicada em julho e, desde então, foram realizadas ações de vigilância e controle para erradicar o foco da enfermidade. Com a ausência de novos casos e a conclusão das atividades de limpeza e desinfecção, o Mapa considerou a situação sanitária normalizada no Rio Grande do Sul.
O diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota, destacou a importância da transparência e da atuação conjunta das equipes de defesa agropecuária para resolver o caso rapidamente. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou o empenho das equipes federais e estaduais para garantir a segurança do sistema de defesa agropecuária do país.
O diagnóstico positivo da doença de Newcastle no município de Anta Gorda, em julho, foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, reconhecido internacionalmente pela OMSA. Com a normalização da situação, o Rio Grande do Sul segue em alerta para evitar novos surtos da doença e garantir a segurança da produção avícola na região.